quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ELA ME TROCOU POR UM ZUMBI

O ônibus comprido com várias portas havia chegado ao seu destino. sentia satisfação pelo sucesso da viagem. Desci pela porta dianteira e ela, que surgira como um belo sonho de verão aos meus olhos, desceu pela traseira. 
Lá detrás ela me enxerga e tenta vir até onde eu estou, mas foi barrada pela multidão - multidão estranha, de vultos disformes e transparentes que atravessavam-se entre si de forma frenética. Minha expectativa era que ela chegasse a mim por méritos, pois havia algo ainda não concluído em nossa relação e precisava provar algo que ainda estava pendente. Por fim ela chega, me cumprimenta risonha, linda, mas do nada surge uma espécie de zumbi encardido, mãos e braços esqueléticos e carbonizados, com marcas profundas da Hanseníase no rosto escaveirado, fedia muito, mas estava bem vestido com um terno excepcionalmente alinhado. Para meu ódio sincero, ele a pega pela mão. Ela, "encantada", muda completamente o foco, me ignora e pergunta ao estranho personagem se ele a levaria na "cinquenta e sete..." fiquei sem saber que lugar era esse. Os dois saem de mãos dadas até desaparecerem na nevoa escura das noites eternas. (pelo menos esta foi minha impressão... noites eternas). Despertei com o suave e irritante som do despertador, com muita raiva dela, mas quem era ela? nunca vou saber.O ônibus comprido com várias portas havia chegado ao destino. sentia-me satisfeito com o sucesso da viagem. Desci pela porta dianteira e ela, que surgira como um belo sonho de verão aos meus olhos, desceu pela traseira. 
Lá detrás ela me enxerga e tenta vir até onde eu estou, mas foi barrada pela multidão - multidão estranha, de vultos disformes e transparentes que atravessavam-se entre si de forma frenética. Minha expectativa era que ela chegasse a mim por méritos, pois havia algo ainda não concluído em nossa relação e precisava provar algo que ainda estava pendente. Por fim ela chega, me cumprimenta risonha, linda, mas do nada surge uma espécie de zumbi encardido, mãos e braços esqueléticos e carbonizados, com marcas profundas da Hanseníase no rosto escaveirado, fedia muito, mas estava bem vestido com um terno excepcionalmente alinhado. Para meu ódio sincero, ele a pega pela mão. Ela, "encantada", muda completamente o foco, me ignora e pergunta ao estranho personagem se ele a levaria na "cinquenta e sete..." fiquei sem saber que lugar era esse. Os dois saem de mãos dadas até desaparecerem na nevoa escura das noites eternas. (pelo menos esta foi minha impressão... noites eternas). Despertei com o suave e irritante som do despertador, com muita raiva dela, mas quem era ela? nunca vou saber.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Optar pelo Avanço.

Tudo começa com o medo irracional
Era um campo vasto e plano, gramíneas suavemente ressecada pelo ar seco do deserto à perder de vista. O céu azul distante, levemente acinzentada indicava que era preciso avançar, mas o medo do desconhecido percorria todo o meu corpo. Era eu ali, um covarde enclausurado numa casinha de madeira de comodo único, de paredes e assoalho apodrecidos como se ninguém o habitasse por séculos. E o velho senso de prudência que me acompanhava o reconhecia como seguro e dizia o tempo todo com voz inaudível, que seria tolice arriscar perder aquele pouso, mas era preciso seguir.
Saí para fora do quartinho e parei no meio da estrada de terra, que de tão extensa, perdia-se de vista ao longe. Juntei todas as forças para avançar e vencendo o medo irracional, comecei a caminhar. Devo ter andado uns 50 ou 100 metros e ousei olhar para trás e me vi lá, parado a me encarar contrariado... Minha mente pousou no eu retardatário e assim, pude me enxergar lá na frente, confesso que senti inveja de mim lá na frente e resolvi abandonar o lado fraco do meu Ser que queria ficar. Minha mente abandonando o covarde, pousou novamente em mim lá na frente. Com vontade de avançar redobrada pela vitoriosa avaliação de minhas forças, dei uma última olhada para trás e não mais me enxerguei.
Comecei a caminhar devagar vencendo quilômetros, sentindo energias nobres. Durante a caminhada, misterioso vento começou a soprar, de frente, e aos poucos um leve sono começou a pesar sobre minha consciência, embora ainda continuasse a caminhar. Foi aumentando até o ponto o sono ser pleno...
Suavemente despertei em meu leito com o canto repetitivo do sabiá na arvore lá fora, totalmente revigorado. Sem dúvidas, foi uma excelente noite de sono.

Enquanto houver sono entre os Mortais...

                               Sempre Haverão Sonhos e Pesadelos Malucos.


Nos últimos 38 anos de minha caminhada terrena, terráquea... ando colecionando - como todo terráqueo - sonhos e pesadelos que fogem a realidade. Claro, sonhos não são reais, mas as impressões que deixam na mente e as vezes no corpo são "quase" eternas, (lembro o efeito que as chacretes causavam, hoje as Panicats... mas deixa pra lá) digo quase, porque a sobreposição de experiência sobre uma memória altamente seletiva, que visa tão somente a preservação do Ser, acaba por abafar certas imagens gravadas, mas não impede que as sensações mais estranhas e sutis surjam do nada para te golpear e depois para o nada retornam, como fantasmas que assombram. Este blog, que andava parado há anos, ganha vida nova nesta manhã de sexta-feira. Perde o terno engomadinho do pseudônimo arcaico "Marccius Maxximus" para vestir um singelo pijama inspirado nas noites de leitura, onde o sono ditava as letras dos livros inexistentes. A partir de hoje será um espaço consagrado a narrar as loucuras vividas debaixo dos edredons e de sete camadas de sono agitados, onde a vida não dorme, mesmo depois de apagada as luzes da consciência.  Enfim, aqui serão narradas invenções, ficções e criações contidas na memória subconsciente do celebre marcciusmaxximusvero, que talvez o mundo não conheça, por ser criação minha. E outras coisas que não terão nada a ver com o tema das visões noturnas, mas estarão registradas enquanto o Sr. Google permitir.  

Obs: O termo "Blablaotaka" vem disso aí mesmo, uma biblioteca cheia de temas, de assuntos que somos incapazes de absorver tudo em apenas uma existência. Ah, lembrando: Não sou versado nas letras, portanto erros crasso de portugues ocorrerão, que me perdoe Camões, onde quer que ele se encontre.
                                           
                                     

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

“Põe Tua Confiança Naquele Espírito Que Leva a Fazer o Bem"


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A Corrida da Vida

 Presidente Thomas S. Monson

De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos quando partirmos desta vida? Essas perguntas universais não precisam mais ficar sem respostas.
 
Amados irmãos e irmãs, nesta sessão desejo falar-lhes sobre verdades eternas; verdades que enriquecerão nossa vida e nos levarão em segurança ao nosso lar.
Em toda parte, as pessoas estão com pressa. Aviões a jato transportam sua preciosa carga humana através de imensos continentes e vastos oceanos para que reuniões de negócios sejam realizadas, obrigações sejam cumpridas, férias sejam desfrutadas ou parentes sejam visitados. Em toda parte há rodovias — vias expressas, autopistas e autoestradas — nas quais trafegam milhões de automóveis, levando milhões de pessoas num fluxo aparentemente interminável, por uma infinidade de motivos em nossa corrida diária.
Nesse ritmo frenético da vida, será que fazemos uma pausa para alguns momentos de meditação, sim, para pensar nas verdades eternas?
Comparadas às verdades eternas, a maioria das questões e preocupações cotidianas são realmente bem triviais. O que teremos para o jantar? Qual cor devemos usar para pintar a sala? Será que devemos inscrever o Joãozinho no futebol? Essas questões e muitas outras semelhantes perdem seu significado quando surge uma crise, quando nossos entes queridos são feridos ou magoados, quando a doença acomete os saudáveis, quando a chama da vida enfraquece e a escuridão nos ameaça. Nossos pensamentos se aguçam e conseguimos facilmente distinguir o que é realmente importante daquilo que é meramente trivial.
Conversei recentemente com uma mulher que vem lutando contra uma doença grave há dois anos. Ela disse que, antes da doença, seus dias eram cheios de atividades tais como limpar a casa com perfeição e enchê-la de móveis belos. Ia ao cabeleireiro duas vezes por semana e gastava dinheiro e tempo todo mês para adicionar novos vestidos a seu guarda-roupa. Os netos pouco eram convidados a visitá-la, porque sempre se preocupava achando que aquilo que considerava ser seus preciosos bens poderia quebrar-se ou estragar-se nas mãozinhas descuidadas deles.
Então, recebeu a chocante notícia de que sua vida corria risco e que talvez lhe restasse pouco tempo aqui. No momento em que ouviu o diagnóstico do médico, ela soube de imediato que passaria todo o tempo que lhe restasse de vida com a família e os amigos, tendo o evangelho no centro de sua vida, porque era isso que considerava mais precioso.
Esses momentos de clareza chegam na vida de todos, uma hora ou outra, embora nem sempre de modo tão drástico. Vemos com clareza o que realmente importa na vida e como deveríamos estar conduzindo nossa vida.
O Salvador disse:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.1
Em nossos momentos de mais profunda reflexão ou de maior necessidade, a alma do homem se volta para o céu, buscando uma resposta divina para as maiores perguntas da vida: De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos quando partirmos desta vida?
A resposta a essas perguntas não se descobre folheando as páginas de livros acadêmicos ou pesquisando. Essas perguntas transcendem a mortalidade. Elas abrangem a eternidade.
De onde viemos? Essa é a dúvida inevitável, mesmo que não expressa, de todo ser humano que tem a consciência de ter existido antes desta vida mortal.
O Apóstolo Paulo disse aos atenienses, no Areópago, que somos “geração de Deus”.2 Sabendo que nosso corpo físico foi gerado por nossos pais mortais, temos de explorar o significado da declaração de Paulo. O Senhor declarou que “o espírito e o corpo são a alma do homem”.3 Portanto, o espírito é que foi gerado por Deus. O autor de Hebreus O chama de “Pai dos espíritos”.4 O espírito de cada homem e de cada mulher é literalmente um filho e uma filha “gerados para Deus”.5
Vemos que poetas inspirados, ao refletir sobre o assunto, deixaram mensagens tocantes e registraram pensamentos transcendentais. William Wordsworth escreveu esta verdade:
Nosso nascimento é apenas um sono e um esquecimento;
A alma que surge conosco, nossa Estrela da vida,
Teve outro lugar para habitar,
E veio de longe;
Não em total esquecimento
Nem em completa nudez,
Mas seguindo nuvens de glória, viemos
De Deus, que é nosso lar!
O céu nos circunda em nossa infância!6
Os pais ponderam sua responsabilidade de ensinar, inspirar e orientar os filhos e ser-lhes um exemplo. Enquanto isso, os filhos, particularmente os jovens, fazem a pungente pergunta: “Por que estamos aqui?” Geralmente, ela é feita em silêncio no fundo da alma e é formulada desta maneira: “Por que eu estou aqui?”
Quão gratos devemos ser por sabermos que um sábio Criador criou a Terra e nos colocou aqui, esquecidos de nossa existência pré-mortal, para que passássemos por um período de provação, uma oportunidade de provar-nos, a fim de nos qualificar para tudo o que Deus preparou para nós.
Está claro que o propósito primordial de nossa existência aqui na Terra é obter um corpo de carne e ossos. Também nos foi concedida a dádiva do arbítrio. De inúmeras maneiras, temos o privilégio de escolher por nós mesmos. Estamos aqui para aprender na árdua escola da experiência. Discernimos o bem do mal. Diferenciamos o amargo do doce. Descobrimos quais são as consequências associadas a nossas ações.
Pela obediência aos mandamentos de Deus, podemos qualificar-nos para a “casa” mencionada por Jesus, ao declarar: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. (…) Vou preparar-vos lugar (…) para que onde eu estiver estejais vós também”.7
Embora venhamos à imortalidade “seguindo nuvens de glória”, a vida segue, inexoravelmente, seu curso. A juventude vem após a infância e a maturidade chega quase imperceptivelmente. Adquirimos pela experiência a necessidade que temos de buscar a assistência dos céus ao seguirmos nosso caminho pela vida.
Deus, nosso Pai, e Jesus Cristo, nosso Senhor, demarcaram o caminho para a perfeição. Eles nos chamam para que escolhamos as verdades eternas e nos tornemos perfeitos como Eles são perfeitos.8
O Apóstolo Paulo comparou a vida a uma corrida com uma meta claramente definida. Exortou os hebreus, dizendo: “Deixemos (…) o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta”.9
Em nosso zelo, não esqueçamos o sábio conselho de Eclesiastes: “Não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha”.10 Na verdade, o prêmio pertence à pessoa que persevera até o fim.
Ao refletir sobre a corrida da vida, lembro-me de outra corrida dos meus tempos de criança. Meus amigos e eu esculpíamos a canivete pequenos barcos de brinquedo com a madeira macia de um salgueiro. Com uma vela triangular de pano, lançávamos nossas toscas embarcações em uma corrida nas águas relativamente turbulentas do Rio Provo aqui em Utah. Corríamos ao longo da margem do rio e víamos os barquinhos sendo, às vezes, sacudidos violentamente na rápida correnteza, e às vezes, navegando serenamente quando o rio ficava mais profundo.
Numa daquelas corridas, vimos que um barco liderava os demais na direção da linha de chegada. De repente, a correnteza o arrastou para muito perto de um grande redemoinho, e o barco adernou e emborcou. Ficou ali girando e girando, sem poder voltar à corrente principal. Por fim, foi parar no fundo do redemoinho, no meio de restos e destroços, preso pelos tentáculos ávidos do musgo verde.
Os barquinhos de brinquedo da minha infância não tinham quilha para estabilizá-los, leme para guiá-los, nem fonte de força. Seu destino inevitável era rio abaixo: a trilha com menor resistência.
Ao contrário dos barcos de brinquedo, fomos abençoados com atributos divinos para guiar nossa jornada. Não viemos à mortalidade para flutuar ao sabor das correntes da vida, mas com a capacidade de pensar, raciocinar e realizar.
Nosso Pai Celestial não nos lançou em nossa jornada eterna sem preparar meios pelos quais pudéssemos receber orientação para garantir nosso retorno seguro. Refiro-me à oração. Refiro-me também ao sussurro da voz mansa e delicada; sem esquecer as santas escrituras, que contêm a palavra do Senhor e as palavras dos profetas, dadas a nós para ajudar-nos a cruzar com sucesso a linha de chegada.
Em algum momento de nossa missão mortal, surge o passo vacilante, o sorriso abatido, as dores da doença, sim, o final do verão, a aproximação do outono, o frio do inverno e a transição que chamamos de morte.
Toda pessoa ponderada já se fez a pergunta tão bem expressa por Jó, no passado: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?”11 Por mais que tentemos afastar essa pergunta do pensamento, ela sempre volta. A morte chega para todos os seres humanos. Chega para os idosos que caminham com passos vacilantes. Seu chamado é ouvido por aqueles que mal venceram a metade da jornada da vida. Às vezes, silencia o riso de criancinhas.
E quanto à vida após a morte? Seria a morte o fim de tudo? Robert Blatchford, em seu livro God and My Neighbor [Deus e Meu Próximo], atacou vigorosamente crenças cristãs como Deus, Cristo, oração e, em especial, a imortalidade. Ele audaciosamente afirmou que a morte era o fim de nossa existência e que ninguém era capaz de provar o contrário. Foi então que algo surpreendente aconteceu. Sua muralha de ceticismo veio abaixo, deixando-o exposto e indefeso. Aos poucos ele começou a sentir seu retorno à fé que ridicularizara e abandonara. O que causou tamanha mudança em sua perspectiva? A morte de sua esposa. Com o coração partido ele entrou no aposento onde estava o que restara dela e olhou novamente para a face de quem ele tanto amou. Ao sair, disse a um amigo: “É ela, mas ao mesmo tempo, não é. Tudo mudou. Algo que antes havia ali foi levado. Ela não é a mesma. O que pode tê-la deixado senão sua alma?”
Mais tarde ele escreveu: “A morte não é o que alguns imaginam. É apenas como se alguém tivesse passado para outro aposento. Nesse outro aposento encontraremos (…) os amados homens e mulheres e as amáveis crianças que amávamos e perdemos”.12
Irmãos e irmãs, sabemos que a morte não é o fim. Essa verdade tem sido ensinada por profetas vivos em todas as épocas. Também se encontra nas sagradas escrituras. No Livro de Mórmon lemos estas palavras específicas e consoladoras:
“Ora, com relação ao estado da alma entre a morte e a ressurreição — eis que me foi dado saber por um anjo que o espírito de todos os homens, logo que deixa este corpo mortal, sim, o espírito de todos os homens, sejam eles bons ou maus, é levado de volta para aquele Deus que lhes deu vida.
E então acontecerá que o espírito daqueles que são justos será recebido num estado de felicidade, que é chamado paraíso, um estado de descanso, um estado de paz, onde descansará de todas as suas aflições e de todos os seus cuidados e tristezas”.13
Depois que o Salvador foi crucificado e após Seu corpo ter permanecido no sepulcro por três dias, o espírito voltou a entrar Nele. A pedra foi rolada e o Redentor ressuscitado dali saiu, revestido de um corpo imortal de carne e ossos.
A resposta à pergunta de Jó — “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” — foi dada quando Maria e outras mulheres se aproximaram do sepulcro e viram dois homens com roupas brilhantes, que lhes disseram: “Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou”.14
Graças à vitória de Cristo sobre a morte, todos seremos ressuscitados. Essa é a redenção da alma. Paulo escreveu: “E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres”.15
É a glória celestial que buscamos. É na presença de Deus que desejamos habitar. É de uma família eterna que queremos ser membros. Essas bênçãos são alcançadas por meio de uma vida de esforço, de busca, de arrependimento e de sucesso final.
De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos quando partirmos desta vida? Essas perguntas universais não precisam mais ficar sem respostas. Do mais profundo de minha alma e com toda a humildade, testifico que estas coisas de que falei são verdadeiras.
Nosso Pai Celestial Se alegra com aqueles que guardam Seus mandamentos. Também Se preocupa com o filho perdido, o adolescente indolente, o jovem rebelde, o pai ou a mãe delinquente. Na verdade, o Mestre lhes fala, com ternura, dizendo a todos: “Voltem. Subam. Entrem. Voltem para casa. Voltem para mim”.
Dentro de uma semana celebraremos a Páscoa. Nossos pensamentos se voltarão para a vida do Salvador, para Sua morte e Sua Ressurreição. Como Sua testemunha especial, testifico que Ele vive e que aguarda nosso retorno triunfante. Que possamos retornar, é minha humilde oração em Seu santo nome, sim, Jesus Cristo, nosso Salvador e nosso Redentor. Amém.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Discursos da Primeira Presidência na Conferência Geral

Tomar decisões sábias. Procurar a companhia do Espírito Santo. Evitar o orgulho injusto. Essas palavras estavam entre os conselhos dados pela Primeira Presidência na conferência geral.


Primeira Presidência
 
O Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e seus dois conselheiros, apoiados por milhões de pessoas em todo o mundo como profetas e apóstolos, abordaram vários assuntos orientados pelo evangelho durante a 180ª conferência semestral da Igreja no Centro de Conferências em Salt Lake City, nos dias 2 e 3 de outubro.

Mais sobre a Conferência Geral


Para assistir, ouvir ou ler as mensagens dos profetas e apóstolos, visite a página da Conferência Geral.
     
O Presidente Thomas S. Monson enfatizou a importância da adoração no templo e anunciou os planos para a construção de cinco novos templos. Ele encorajou os rapazes a servirem missão de tempo integral, enfatizou a importância de tomar decisões sábias, promoveu um aumento da gratidão e encorajou os santos dos últimos dias a perseverarem na fé.
O Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência, falou das bênçãos que advêm de buscar a companhia constante do Espírito Santo e da necessidade de confiar em Deus e depois sair e fazer o que Ele requer.
E o Presidente Dieter F. Uchtdorf, Segundo Conselheiro na Primeira Presidência, lembrou aos ouvintes da conferência de que a força vem de prestar atenção aos princípios básicos do evangelho restaurado. Ele pediu que os portadores do sacerdócio evitem o orgulho injusto e que façam sua parte na preparação do mundo para a vinda de Jesus Cristo.

Presidente Monson

Presidente Thomas S. Monson “Cada um desses templos é uma bênção na vida de nossos membros e uma influência positiva para os que não são de nossa religião,” disse o Presidente Monson em seus comentários de abertura. Ele observou que “as ordenanças realizadas em nossos templos são vitais para a nossa salvação e para a salvação de nossos entes queridos falecidos”.
Ele anunciou os planos para a construção de cinco novos templos, em Hartford, Connecticut, Estados Unidos; Indianápolis, Indiana, Estados Unidos; Lisboa, Portugal; Tijuana, México e Urdaneta, Filipinas. Isso elevará o número de templos anunciados ou em construção para 23 e, assim que forem terminados, elevarão o total mundial da Igreja para 157.
O Presidente Monson também incentivou o serviço missionário, particulamente dos rapazes que têm a responsabilidade do sacerdócio de servir, mas também para as moças e casais maduros. “Repito o que os profetas há muito têm ensinado”, disse ele, “que todo rapaz digno e capaz deve preparar-se para servir uma missão. O serviço missionário é um dever do sacerdócio — uma obrigação que o Senhor espera de nós, que tanto recebemos Dele”.
Durante seus comentários para os portadores do sacerdócio o Presidente Monson falou sobre fazer escolhas justas. “Meus amados irmãos”, disse, “que tenhamos a alma repleta de gratidão pela regalia da escolha, que aceitemos a responsabilidade da escolha e estejamos sempre cientes dos resultados da escolha. Como portadores do sacerdócio, sendo unos de coração podemos tornar-nos dignos da influência orientadora de nosso Pai Celestial, se fizermos cuidadosa e corretamente nossas escolhas”.
Em um discurso na manhã de domingo, ele falou sobre a necessidade de sermos gratos. “Podemos elevar-nos e elevar nossos semelhantes, quando nos recusamos a ter pensamentos negativos e cultivamos a gratidão”.
Em seus comentários finais, ele disse: “Precisamos perseverar até o fim, porque nossa meta é a vida eterna na presença de nosso Pai Celestial. Ele nos ama, e tudo o que deseja é que tenhamos sucesso nessa meta. Ele vai ajudar-nos e abençoar-nos, se clamarmos a Ele em nossas orações, se estudarmos Suas palavras e se obedecermos a Seus mandamentos”.
Uma semana antes, ao falar na reunião geral da Sociedade de Socorro, a organização da Igreja para as mulheres, o Presidente Monson falou a favor da caridade. “Em vez de sermos críticos e de julgarmos uns aos outros, que possamos ter o puro amor de Cristo por nossos companheiros nesta jornada da vida”, disse ele.

Presidente Eyring

Presidente Henry B. Eyring O Presidente Eyring enfatizou a necessidade de servir com o Espírito. “Façamos tudo o que for exigido para sermos dignos da companhia do Espírito Santo e prossigamos sem medo, sabendo que teremos a capacidade de fazer tudo o que o Senhor nos chamar para fazer”.
Ele disse que devemos confiar em Deus e depois sairmos e fazermos o que Ele requer que façamos. “Se confiarem em Deus o suficiente para escutar a mensagem Dele em todo discurso, hino e oração desta conferência, vocês a ouvirão”, disse. “E, se depois fizerem o que Ele deseja que vocês façam, sua capacidade de confiar Nele aumentará e, com o tempo, vão-se sentir dominados pela alegria de descobrir que Ele passou a confiar em vocês”.

Presidente Uchtdorf

Presidente Dieter F. Uchtdorf O Presidente Uchtdorf emitiu um lembrete de que “a força não advém da atividade frenética, mas do estabelecimento de um firme alicerce de luz e verdade. Advém da concentração de nossa atenção e empenho nos fundamentos básicos do evangelho restaurado de Jesus Cristo. Advém da atenção dada às coisas divinas que mais importam”.
Ele também encorajou os portadores do sacerdócio a se lembrarem que “somos servos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não recebemos o sacerdócio para conseguir reconhecimento e ser aclamados. Estamos aqui para arregaçar as mangas e trabalhar. Não fomos convocados para uma tarefa comum. Fomos chamados para preparar o mundo para a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
A Primeira Presidência e também o Quórum dos Doze Apóstolos que serve sob a direção dela, são apoiados por milhões de santos dos últimos dias no mundo inteiro como profetas, videntes e reveladores que recebem inspiração de Deus para dirigir os assuntos da Igreja Dele hoje em dia. As mensagens deles não são dirigidas apenas para os membros da Igreja mas para todos os filhos do Pai Celestial no mundo inteiro.

 

terça-feira, 5 de março de 2013

Dispostos e Dignos de Servir





Presidente Thomas S. Monson

São vistos milagres em toda parte quando o sacerdócio é compreendido, quando seu poder é honrado e devidamente utilizado, exercendo-se fé.

Meus amados irmãos, como é bom reunir-nos novamente com vocês. Sempre que assisto à reunião geral do sacerdócio, reflito nos ensinamentos de alguns dos mais nobres líderes de Deus que falaram nas reuniões gerais do sacerdócio da Igreja. Muitos já foram para sua recompensa eterna, mas com o brilhantismo de sua mente, a profundidade de sua alma e o calor de seu coração, eles nos deram orientação inspirada. Compartilharei hoje com vocês alguns dos ensinamentos deles a respeito do sacerdócio.
Do Profeta Joseph Smith: “O Sacerdócio é um princípio eterno e existiu com Deus desde a eternidade e existirá por toda a eternidade, sem princípio de dias ou fim de anos”.1
Com as palavras do Presidente Wilford Woodruff, aprendemos: “O santo sacerdócio é o canal por meio do qual Deus Se comunica e interage com o homem na Terra; e os mensageiros celestes que visitaram a Terra para comunicar-se com o homem são homens que possuíram e honraram o sacerdócio enquanto viveram na carne. E tudo o que Deus ordenou que se fizesse para a salvação do homem desde a vinda do homem à Terra até a redenção do mundo foi e será realizado pela virtude do sacerdócio eterno”.2
O Presidente Joseph F. Smith esclareceu ainda mais: “O sacerdócio é (…) o poder de Deus delegado ao homem pelo qual este pode agir na Terra para a salvação da família humana, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, com legitimidade; sem usurpar essa autoridade, nem tomá-la emprestada de gerações que se foram, mas a autoridade que foi concedida nestes dias em que vivemos pela ministração de anjos e de espíritos do alto, diretamente da presença do Deus Todo-Poderoso”.3
E por fim, do Presidente John Taylor: “O que é sacerdócio? (…) É o governo de Deus, seja na Terra ou no céu; pois todas as coisas na Terra e no céu são governadas por meio dele, de seu poder, decisão e princípios, e é por intermédio desse poder que tudo se sustém. Ele governa tudo, controla tudo, sustenta tudo e está presente em tudo o que tem relação com Deus e com a verdade”.4
Quão abençoados somos por estar aqui nestes últimos dias, quando o sacerdócio de Deus está na Terra. Quão privilegiados somos por ser portadores desse sacerdócio. O sacerdócio não é apenas um dom, mas um encargo de servir, um privilégio de elevar e uma oportunidade de abençoar a vida das pessoas.
Essas oportunidades vêm acompanhadas de responsabilidades e deveres. Amo e valorizo a nobre palavra dever e tudo o que ela implica.
Em vários cargos, em diversas situações, venho assistindo às reuniões do sacerdócio há 72 anos: desde que fui ordenado diácono, aos doze anos de idade. Sem dúvida o tempo passa. O dever acompanha o ritmo dessa marcha. O dever não se obscurece nem diminui. Conflitos catastróficos vêm e vão, mas a guerra travada pela alma dos homens prossegue sem se arrefecer. Como um toque de trombeta chega a palavra do Senhor para todos nós, portadores do sacerdócio do mundo inteiro: “Portanto agora todo homem aprenda seu dever e a agir no ofício para o qual for designado com toda diligência”.5
O chamado ao dever veio para os profetas Adão, Noé, Abraão, Moisés, Samuel e Davi. Veio para o Profeta Joseph Smith e para cada um dos seus sucessores. O chamado ao dever veio ao jovem Néfi quando foi instruído pelo Senhor, por intermédio de seu pai Leí, a voltar a Jerusalém com seus irmãos para obter de Labão as placas de latão. Os irmãos de Néfi reclamaram, dizendo que era uma coisa difícil aquilo que se pedia deles. Qual foi a resposta de Néfi? Ele disse: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas”.6
Quando o mesmo chamado vier a nós, qual será nossa resposta? Será que vamos reclamar, como fizeram Lamã e Lemuel, dizendo: “É uma coisa difícil aquilo que nos foi pedido”?7 Ou será que, tal como Néfi, declararemos individualmente: “Eu irei. Eu cumprirei”? Será que estaremos dispostos a servir e a obedecer?
Às vezes, a sabedoria de Deus parece tolice ou simplesmente difícil demais, mas uma das maiores e mais valiosas lições que podemos aprender na mortalidade é que, quando Deus fala e o homem obedece, esse homem está sempre certo.
Quando penso na palavra dever e em como o cumprimento do dever pode enriquecer nossa vida e a de outras pessoas, relembro as palavras escritas por um renomado poeta e escritor:
Eu dormia e sonhava
Que a vida era alegria
Despertei e vi
Que a vida era serviço
Servi, e vi que
O serviço era alegria.8
Robert Louis Stevenson expressou isso de outra forma, dizendo: “Sei o que é a satisfação, porque fiz uma boa obra”.9
Ao cumprirmos nosso dever e exercermos nosso sacerdócio, sentiremos a verdadeira alegria. Vivenciaremos a satisfação de ter concluído nossas tarefas.
Aprendemos os deveres específicos do sacerdócio que temos, seja o Sacerdócio Aarônico ou o de Melquisedeque. Peço que pensem nesses deveres e depois façam tudo a seu alcance para cumpri-los. Para isso, cada um de vocês precisa ser digno. Tenhamos as mãos prontas, limpas e dispostas para poder participar da tarefa de oferecer o que o Pai Celestial deseja que outros recebam Dele. Se não formos dignos, é possível que percamos o poder do sacerdócio; e se o perdermos, teremos perdido a essência da exaltação. Sejamos dignos de servir.
O Presidente Harold B. Lee, um dos maiores professores da Igreja, disse: “Quando um homem se torna portador do sacerdócio, torna-se um agente do Senhor. Ele deve encarar seu chamado verdadeiramente como o serviço do Senhor”.10
Durante a Segunda Guerra Mundial, no início de 1944, aconteceu algo envolvendo o sacerdócio quando os fuzileiros navais dos Estados Unidos tomaram o Atol de Kwajalein, que faz parte das ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, entre a Austrália e o Havaí. O que aconteceu foi relatado por um correspondente que não era membro da Igreja e trabalhava para um jornal do Havaí. Num artigo de jornal de 1944, ele contou o seguinte, explicando que ele e outros correspondentes estavam na segunda leva que seguia atrás dos fuzileiros navais, no Atol de Kwajalein. Ao avançarem, viram um jovem fuzileiro boiando com o rosto para baixo, sem dúvida, gravemente ferido. A água rasa ao seu redor estava vermelha de sangue. Então, viram outro fuzileiro se movendo na direção do camarada ferido. O segundo fuzileiro também estava ferido, com o braço esquerdo pendente sem forças ao seu lado. Ele ergueu a cabeça do que estava flutuando na água para impedir que se afogasse. Com pânico na voz gritou por socorro. Os correspondentes olharam novamente para o rapaz que ele segurava e gritaram: “Filho, não há nada que possamos fazer por esse rapaz”.
“Então”, escreveu o correspondente, “vi algo que jamais tinha visto antes”. Aquele rapaz, ele próprio muito ferido, arrastou-se até a praia levando o corpo aparentemente inerte de seu companheiro. Ele “colocou a cabeça do companheiro sobre os joelhos. (…) Que cena extraordinária — aqueles dois rapazes mortalmente feridos — ambos (…) puros e de excelente aparência, mesmo naquela situação agonizante. O rapaz abaixou a cabeça sobre o outro e disse: ‘Eu te ordeno, em nome de Jesus Cristo e pelo poder do sacerdócio, que permaneças vivo até que eu consiga socorro médico’”. O correspondente concluiu seu artigo, dizendo: “Nós três [os dois fuzileiros e eu], estamos aqui no hospital. Os médicos não sabem [como ele conseguiu sobreviver], mas eu sei”.11
São vistos milagres em toda parte quando o sacerdócio é compreendido, quando seu poder é honrado e devidamente utilizado, exercendo-se fé. Quando a fé substitui a dúvida, quando o serviço abnegado elimina o empenho egoísta, o poder de Deus leva a efeito Seus propósitos.
O chamado ao dever pode vir sem alarde, quando nós que portamos o sacerdócio atendermos às designações que recebermos. O Presidente George Albert Smith, aquele líder modesto porém muito eficaz, declarou: “É nosso dever, acima de tudo, saber o que o Senhor deseja e, então, pelo poder e pela força de Seu santo Sacerdócio, magnificar [de tal maneira] nosso chamado na presença de nossos companheiros (…) de modo que as pessoas tenham alegria em seguir-nos”.12
Recebi um desses chamados ao dever — bem menos dramático, mas que também ajudou a salvar uma alma — em 1950, quando eu havia recentemente sido chamado bispo. Tinha muitas responsabilidades nesse cargo e tentava fazer o melhor que podia para realizar tudo o que me era exigido. Os Estados Unidos travavam outra guerra na época. Como muitos de nossos membros serviam nas forças armadas, todos os bispos receberam da sede da Igreja a designação de providenciar uma assinatura do jornal Church News e da revista Improvement Era, a revista da Igreja na época, para todos os militares. Além disso, foi pedido a cada bispo que escrevesse mensalmente uma carta pessoal a cada militar de sua ala. Nossa ala tinha 23 homens nas forças armadas. Os quóruns do sacerdócio, com grande esforço, forneceram os fundos para as assinaturas das publicações. Assumi a tarefa, sim, o dever, de escrever 23 cartas pessoais a cada mês. Após todos esses anos, ainda tenho cópias de muitas das minhas cartas e das respostas que recebi. As lágrimas me afloram facilmente quando releio essas cartas. É uma alegria ver novamente a determinação de um soldado em viver o evangelho, a decisão de um marinheiro de manter a fé com sua família.
Certa noite, entreguei a uma irmã da ala o maço com as 23 cartas daquele mês. O encargo dela era enviar a correspondência e manter atualizada a lista de endereços que estava sempre mudando. Ela olhou para um dos envelopes e, com um sorriso, perguntou: “Bispo, você não fica desanimado? Aqui está outra carta para o irmão Bryson. É a décima sétima carta que você envia a ele, sem receber resposta”.
Respondi: “Bem, pode ser que ele responda este mês”. Acontece que aquele foi o mês em que ele, pela primeira vez, respondeu a minha carta. Sua resposta foi um tesouro para ser guardado. Ele servia numa praia distante e sentia-se isolado, solitário e com saudades de casa. Ele escreveu: “Querido bispo, não sou muito de escrever cartas”. (Eu poderia ter dito isso a ele vários meses antes.) A carta prosseguia: “Obrigado pelo Church News e pelas revistas, mas acima de tudo, obrigado por suas cartas pessoais. Fiz um grande progresso em minha vida. Fui ordenado sacerdote no Sacerdócio Aarônico. Sinto o coração cheio. Sou um homem feliz”.
O irmão Bryson não ficou mais feliz do que o bispo dele. Descobri a aplicação prática do ditado: “Faça o [seu] dever, é o melhor a fazer; deixe o restante com [o] Senhor”.13
Anos mais tarde, quando frequentava a estaca Salt Lake Cottonwood, na época em que James E. Faust servia como presidente, relatei o ocorrido para incentivar a atenção dada a nossos militares. Depois da reunião, um rapaz de boa aparência me procurou. Apertou-me a mão e perguntou: “Bispo Monson, lembra-se de mim?”
De repente, percebi quem era ele. “Irmão Bryson!” exclamei. “Como vai? O que está fazendo na Igreja?”
Com emoção e visível orgulho, ele respondeu: “Vou muito bem. Sirvo na presidência de meu quórum de élderes. Obrigado novamente por sua preocupação comigo e pelas cartas pessoais que me enviou e que ainda guardo com carinho”.
Irmãos, o mundo precisa de nossa ajuda. Será que estamos fazendo tudo o que devemos? Será que nos lembramos das palavras do Presidente John Taylor: “Caso não cumpram o seu chamado honrosamente, Deus os considera responsáveis pelas pessoas a quem poderiam ter salvado se houvessem feito a sua obrigação”?14 Há pés que precisam ser firmados, mãos para segurar, mentes para incentivar, corações para inspirar e almas para salvar. As bênçãos da eternidade nos aguardam. Temos o privilégio de não ser apenas espectadores, mas participantes no palco do serviço no sacerdócio. Atendamos ao lembrete encontrado na Epístola de Tiago: “Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos”.15
Aprendamos nosso dever e pensemos nele. Estejamos dispostos e dignos para servir. No cumprimento de nosso dever, sigamos os passos do Mestre. À medida que trilharmos o caminho que Jesus seguiu, descobriremos que Ele foi mais do que o infante de Belém, mais do que o filho do carpinteiro, mais do que o maior mestre que já viveu. Viremos a conhecê-Lo como o Filho de Deus, nosso Salvador e nosso Redentor. Quando a Ele veio o chamado ao dever, respondeu: “Pai, faça-se a tua vontade e seja tua a glória para sempre”.16 Que cada um de nós faça o mesmo, é minha oração, em Seu santo nome, o nome de Jesus Cristo, o Senhor. Amém.

ELA ME TROCOU POR UM ZUMBI

O ônibus comprido com várias portas havia chegado ao seu destino. sentia satisfação pelo sucesso da viagem. Desci pela porta dianteira e ela...