sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Optar pelo Avanço.

Tudo começa com o medo irracional
Era um campo vasto e plano, gramíneas suavemente ressecada pelo ar seco do deserto à perder de vista. O céu azul distante, levemente acinzentada indicava que era preciso avançar, mas o medo do desconhecido percorria todo o meu corpo. Era eu ali, um covarde enclausurado numa casinha de madeira de comodo único, de paredes e assoalho apodrecidos como se ninguém o habitasse por séculos. E o velho senso de prudência que me acompanhava o reconhecia como seguro e dizia o tempo todo com voz inaudível, que seria tolice arriscar perder aquele pouso, mas era preciso seguir.
Saí para fora do quartinho e parei no meio da estrada de terra, que de tão extensa, perdia-se de vista ao longe. Juntei todas as forças para avançar e vencendo o medo irracional, comecei a caminhar. Devo ter andado uns 50 ou 100 metros e ousei olhar para trás e me vi lá, parado a me encarar contrariado... Minha mente pousou no eu retardatário e assim, pude me enxergar lá na frente, confesso que senti inveja de mim lá na frente e resolvi abandonar o lado fraco do meu Ser que queria ficar. Minha mente abandonando o covarde, pousou novamente em mim lá na frente. Com vontade de avançar redobrada pela vitoriosa avaliação de minhas forças, dei uma última olhada para trás e não mais me enxerguei.
Comecei a caminhar devagar vencendo quilômetros, sentindo energias nobres. Durante a caminhada, misterioso vento começou a soprar, de frente, e aos poucos um leve sono começou a pesar sobre minha consciência, embora ainda continuasse a caminhar. Foi aumentando até o ponto o sono ser pleno...
Suavemente despertei em meu leito com o canto repetitivo do sabiá na arvore lá fora, totalmente revigorado. Sem dúvidas, foi uma excelente noite de sono.

Enquanto houver sono entre os Mortais...

                               Sempre Haverão Sonhos e Pesadelos Malucos.


Nos últimos 38 anos de minha caminhada terrena, terráquea... ando colecionando - como todo terráqueo - sonhos e pesadelos que fogem a realidade. Claro, sonhos não são reais, mas as impressões que deixam na mente e as vezes no corpo são "quase" eternas, (lembro o efeito que as chacretes causavam, hoje as Panicats... mas deixa pra lá) digo quase, porque a sobreposição de experiência sobre uma memória altamente seletiva, que visa tão somente a preservação do Ser, acaba por abafar certas imagens gravadas, mas não impede que as sensações mais estranhas e sutis surjam do nada para te golpear e depois para o nada retornam, como fantasmas que assombram. Este blog, que andava parado há anos, ganha vida nova nesta manhã de sexta-feira. Perde o terno engomadinho do pseudônimo arcaico "Marccius Maxximus" para vestir um singelo pijama inspirado nas noites de leitura, onde o sono ditava as letras dos livros inexistentes. A partir de hoje será um espaço consagrado a narrar as loucuras vividas debaixo dos edredons e de sete camadas de sono agitados, onde a vida não dorme, mesmo depois de apagada as luzes da consciência.  Enfim, aqui serão narradas invenções, ficções e criações contidas na memória subconsciente do celebre marcciusmaxximusvero, que talvez o mundo não conheça, por ser criação minha. E outras coisas que não terão nada a ver com o tema das visões noturnas, mas estarão registradas enquanto o Sr. Google permitir.  

Obs: O termo "Blablaotaka" vem disso aí mesmo, uma biblioteca cheia de temas, de assuntos que somos incapazes de absorver tudo em apenas uma existência. Ah, lembrando: Não sou versado nas letras, portanto erros crasso de portugues ocorrerão, que me perdoe Camões, onde quer que ele se encontre.
                                           
                                     

ELA ME TROCOU POR UM ZUMBI

O ônibus comprido com várias portas havia chegado ao seu destino. sentia satisfação pelo sucesso da viagem. Desci pela porta dianteira e ela...